29 março 2015

Equlibrio .


Na perspectiva histórico-cultural, tomamos as crianças não só pelos condicionantes biológicos, mas também pelo papel que a infância ocupa no conjunto da sociedade, bem como relacionamos o processo de desenvolvimento motor, social e psicológico da criança.
A relevância desta pesquisa está em associar os aspectos cognitivos com o ato motor, na melhora do equilíbrio das crianças em relação às atividades motoras, tendo em vista que o aprimoramento desses aspectos repercute no desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e motor, de modo que realizar este trabalho coloca em destaque o lugar da educação física na educação infantil.
De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), um número grande de crianças entra no ensino fundamental com um baixo nível de desenvolvimento motor, ao passo que acompanhando essas crianças,
sujeitos da pesquisa, tivemos condições de contribuir positivamente para o desenvolvimento delas.
No entanto, compreendemos que é o processo de aprendizagem que estimula o processo de maturação. Segundo Gomes-da-Silva 











Motricidade é a condição do corpo de ser mobilizado por situações reais ou imaginárias, e aplicar-se a atividades ou prestar-se a experiências. Assim, o corpo em movimento não se dispõe para um sujeito pensante como um instrumento para uma realização previamente estabelecida [...] o projeto motor que une a intenção (vontade) e a ação (gesto) como um ato consciente, sem pensamento interposto, interligado à ação
.
No desenvolvimento motor a criança realiza experiências sensório-motoras em que precisa refinar alguns padrões fundamentais de movimento. Para Gallahue e Ozmun (2003), o desenvolvimento motor é um processo de evolução para fatores internos e externos, considerando que o desenvolvimento depende das experiências motoras. Paim (2003) afirma que, quanto mais experiências motoras a criança realizar, maior será seu desempenho. Em relação ao equilíbrio motor, Gobbi, Menuchi e Uehara (2003) retrata que é a noção de distribuição de peso em relação a um espaço, tempo e eixo de gravidade, constituindo a base de toda a coordenação dinâmica global. Assim, o ato motor está associado à prática do equilíbrio corporal, que é importante para o processo de desenvolvimento da consciência individual e social da
criança. Entretanto, o equilíbrio postural é fundamental para a posição de equilíbrio estático e dinâmico. Segundo Guyton (1992):

Considera que para a manutenção do equilíbrio corporal estático é necessário que um
conjunto de estruturas funcione de maneira harmoniosa, que fazem parte desta estrutura: o sistema vestibular, os olhos, e o sistema proprioceptivo. A manutenção do equilíbrio geral é realizada pelo sistema vestibular, que detecta as sensações de equilíbrio.




Em associação ao equilíbrio motor, a cognição é um elemento importante para harmonizar o conjunto dos movimentos que formam as experiências do indivíduo. Como afirma Maturana e Verden-Zoller (2004), o equilíbrio é o balanceio ao redor de um ponto central, construção de uma dinâmica simétrica, busca de um ponto médio entre dois extremos em que as crianças têm a capacidade inata e a necessidade biológica de aprender a equilibrar-se, dominar e manter o equilíbrio sob muitas circunstâncias diferentes. A partir de uma perspectiva que considera o ser humano como totalidade complexa, em que não é possível dissociar corpo e mente, cognição, afetividade e motricidade, é que Suzuki, Gugelmim e Soares, afirmam que a abordagem terapêutica deve abranger todas as áreas de desenvolvimento da criança, uma vez que o desenvolvimento motor influencia profundamente no desenvolvimento cognitivo.
Com isso, tornando possível melhorar o desenvolvimento da criança, com práticas que estabeleçam esses dois indicadores, que são o motor e cognitivo.

Fonte:  http://www.fontouraeditora.com.br

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