15 março 2015

Afinal a quem pertence o chumbo?!


Felizmente as estruturas de Educação já estão mudar ,os colègios Jesuitas Espanha decidiram dar o exemplo e toca mudar tudo , nada de avaliaçoes e muitas novas mudanças...Concluíam que os alunos de hoje aborrecem-se com o atual sistema de ensino ( http://nr.news-republic.com/Web/ArticleWeb.aspx?regionid=7&articleid=37142947#.VPtijNk-7kA.facebook)

Ora vai que a Finlandia vai na boca do Mundo pelo seu sucesso, os ultimos esclarecimentos publicos do grande revolucionario dizem que por la avaliçao so aos 18 anos...e eles sao um sucesso não so nível escolar mas na formação como pessoa..

Escolas Waldorf vão crescendo um pouco por todo lado e no nosso país também, alguns infantarios crom inspiraçao waldorf , metodos livres de aprendizagem, ao verificar o sucess junto dos mais pequenos
 Nos Estados Unidos, as melhores universidades costumam aceitar com preferência os ex-alunos Waldorf, pois sabem que se trata de jovens diferenciados, com uma vasta cultura, com capacidade de concentração e aprendizado, e alta criatividade.

 Já no Brasil mais uma vez se avança e o inicio da escola primária será aos 7anos, otimo ninguém pode exigir maturidade a um pequeno ser que acaba de completar 6 anos para se sentar por longas horas numa mesa de trabalho .Onde em momento algum nasceu o interesse onde em momento algum foi trabalhada a mtivação...

O numero de horas de estudo(trabalho) de uma criança é por vezes superior ao dos seus pais.

Vamos acreditar que as coisas estão a mudar!

Deixo o relato do caso do João, dá que pensar...ou ajuda!

Os pais iam à escola regularmente e o diagnóstico era sempre o mesmo: o João não quer trabalhar, é imaturo e não está a conseguir alcançar os objectivos

O João andava no jardim-de-infância desde os três anos. Todos os anos, as avaliações eram excelentes: muita criatividade, talento especial para desenho, empenhado e alegre. Sabia identificar as cores, os números, algumas letras, escrevia o seu nome, o do pai e o da mãe, e já sabia muitas outras coisas. O João era feliz e os pais do João iam trabalhar descansados todos os dias. Aos seis anos, o João entrou na escola a sério. Demorou a perceber que agora era mesmo a sério. Era muito imaturo, diziam. Passou o primeiro período sem sobressaltos, mas no segundo deixou de ser o menino feliz que sempre foi. Fazia birras para ir para a escola e detestava os trabalhos de casa. Os cadernos eram um espelho da sua má disposição.
Passou para o segundo ano e a escola tornou-se ainda mais a sério. Tinha de saber mais coisas, tinha mais trabalhos de casa e os testes eram bem mais exigentes. A leitura era o seu ponto fraco: não lia à velocidade que o professor queria. Da escola, só gostava do recreio. Os trabalhos de casa ficavam vezes de mais por fazer e os pais já não iam trabalhar descansados todos os dias. O João não conseguia acelerar a velocidade de leitura e até na matemática, onde sempre teve facilidade, começava a fraquejar. Nos ditados de palavras, ficava sempre nos últimos lugares.
Os pais iam à escola regularmente e o diagnóstico era sempre o mesmo: o João não quer trabalhar, é imaturo e não está a conseguir alcançar os objectivos. Precisa de mais apoio e de mais trabalho. O João era o primeiro filho e os pais pensavam ingenuamente que era na escola que se encontravam as estratégias para motivar os meninos como o João. Eles não tinham muito tempo para lhe dar explicações e, as poucas vezes que tentaram, perceberam que não tinham qualquer talento para ensinar. Aqueles minutos em que se sentavam com o João para o ajudar a estudar eram os piores das vidas de cada um deles. Perante este cenário, a pressão da escola e a frustração do João, resolveram esticar o orçamento familiar e, em vez de irem ao cinema e à marisqueira do bairro, contrataram uma explicadora. Quinze euros à hora, três horas por semana.
O João melhorou, mas também a explicadora se queixava de que ele não lia à velocidade exigida para a idade. O melhor era pedir um relatório a um psicólogo. Mais 150 euros. O João não acusou nada de especial. Apenas que não sabia pronunciar bem os “l” e os “lh”. A sua vida era a escola e os pais só lhe falavam das notas, dos trabalhos de casa e dos castigos que lhe aplicariam se ele não atingisse os resultados. No entanto, o João falhou os testes intermédios do segundo ano e o professor avisou os pais de que ele ia repetir o ano. O João chumbou. O João faz parte dos 150 mil alunos que chumbaram naquele ano. Simples: o João era imaturo e, por mais que tentasse, não conseguia desvendar o som das letras à velocidade que o professor queria. E pior: ninguém lhe dizia como. Apenas o repreendiam e repetiam as mesmas explicações, como se o problema dele fosse auditivo.
Não, a culpa de o João chumbar não era dele. E também não era dos testes nem das avaliações que tantos conseguiram passar. O João só chumbou porque não conseguiu aprender. E ele só não conseguiu aprender porque não o souberam ensinar. Enquanto, nas escolas, não existirem estratégias diferenciadas conforme os alunos e as dificuldades e enquanto se ensinar para a nota em vez de se ensinar para os alunos aprenderem, haverá sempre mais chumbos. E a solução não está em acabar com as avaliações ou com os exames. A solução está em analisar os exames e as avaliações como verdadeiras provas para os professores e para as escolas, de modo a que se consigam encontrar planos para responder aos milhares de meninos como o João. Os alunos só falham porque alguém anda a falhar com eles. Sim, o João chumbou, mas quem falhou foi a escola.

fonte:www.inonline




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